quarta-feira, 31 de janeiro de 2007
Relatório sobre Ambiente - Angola
O Ministério do Urbanismo e Ambiente (MINUA), vai apresentar, hoje, às 10 horas, no Hotel Trópico, em Luanda, o Relatório sobre o Estado Geral do Ambiente em Angola, um documento que espelha os principais problemas ambientais no país.
Segundo uma nota de imprensa deste organismo governamental chegado à Angop, a apresentação deste documento afigura-se numa das principais actividades alusivas ao Dia Nacional do Ambiente, a assinalar-se amanhã, dia 31.
O documento, elaborado nos últimos dois anos com o apoio do Banco Africano de Desenvolvimento, identifica os desafios relacionados com a gestão ambiental em Angola, fornece informações de base para estudos mais profundos e representa uma ferramenta fundamental de apoio à decisão política.
Faz ainda uma análise da situação ambiental no país com base numa série de indicadores ambientais, dos quais se destacam os solos, água, biodiversidade, ar, resíduos e ruído, bem como uma descrição da evolução social para destacar a relação entre o desenvolvimento económico e a protecção do ambiente.
Consta ainda de um programa de investimento ambiental do Banco de Desenvolvimento Africano, do qual resultam também a elaboração de vários projectos ambientais. Dos mesmos, se destacam a criação de um banco de dados de indicadores ambientais, o reforço da capacidade institucional para a preservação do ambiente, a elaboração de um plano nacional de desenvolvimento do uso da terra, assim como projectos de gestão comunitária de recursos naturais.”
[Publicado no Jornal de Angola 2007.01.30]
quinta-feira, 18 de janeiro de 2007
COLIBRI
Para se ouvir a musica terá que se clicar no Play e aguardar um pouco pelo carregamento da música. (depende da velocidade da vossa ligação).
Um grande abraço para todos
Filipe Francisco, eco-arq.
quarta-feira, 17 de janeiro de 2007
Maria José Aquino.
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Caros Colibris
A Anamed (Acção para a medicina natural) que previra inicialmente a realização de um seminário no Kuíto, como informei anteriormente, prevê agora essas acções no Kuíto ou no Huambo, como poderão confirmar no documento que junto envio.

Anamed is a small German charitable organization that helps communities and health centres in the Tropics to become more self-reliant in preventing and treating the most common diseases and health complaints by utilizing and developing their own locally available resources. In this way, the poorest communities can save many lives, and health centres can become less dependent on imported medicines.
ARE NATURAL MEDICINES THE ANSWER?
Entrevista do Dr. Hans-Martin Hirt in Contact, Nº 163, 1998, p. 11-13,
http://www.wcc-coe.org/wcc/news/contact1.pdf
Num dos seguintes locais:
Pousada / R. Capitão Ângelo Lima, Kuito – Bié / Tel. +244 (48) 70940
ou
Mosteiro Antigo das Monjas Trapistas, Cacilhas (Huambo)
Tel. +244 923 458 328; +244 923 366 912; Fax: +244 (41) 21 173.
E-Mail: nsdellapace@libero.it / http://www.trappisteangola.org
Informações e Inscrições:
Dr Hans-Martin Hirt
Anamed international
Schafweide 77 - 71364 Winnenden
Germany - Tel: 49 7195 910225
Email: anamedhmh@yahoo.de
www.anamed.org
Margarete Roth
Anamed Angola
CP 5129, Luanda AO
E-mail: margarete@nexus.ao
http://christliche-fachkraefte.de
www.mundo-do-amor.de
www.worldagroforestrycentre.org/news/Default.asp?NewsID=%7B32C239E6-2CE6-4349-919F-E758CA15AB87%7D
1. Organização
ANAMED - Action for Natural Medicine
http://www.anamed.org
2. Experiência, Metodologia, Publicações da Anamed
2.1. Mais de 20 Cursos semelhantes realizados nos seguintes países:
Eritreia, Etiópia, Sudão, Quénia, Uganda, Malawi, Tanzânia, Moçambique, África do Sul, Congo,
República Democrática do Congo, Togo
2.2. Metodologia
A Anamed é uma pequena iniciativa cristã na Alemanha. Eles possuem uma experiência considerável na realização de seminários sobre a “medicina natural”. Estes seminários geralmente duram uma semana, com aproximadamente 30 pessoas, sendo que algumas são treinadas na prática médica moderna, tais como médicos, enfermeiros e sanitaristas básicos, e outras são curandeiros tradicionais.Para mais informação, pesquisar ANAMED em http://tilz.tearfund.org/Portugues/
2.3. Publicações
http://tilz.tearfund.org/Portugues/Passo+a+Passo+41-50/Passo+a+Passo+48/Recursos+48.htm
3. Local do curso em Angola:
Hip. A: Pousada do Governo / Rua Capitão Ângelo Lima / Kuito (Bié) / Tel. + 244 (48) 70940 ; ou
Hip. B : Mosteiro Antigo das Monjas Trapistas, Cacilhas (Huambo)
Tel. +244 923 458 328; +244 923 366 912; Fax: +244 (41) 21 173.
E-Mail: nsdellapace@libero.it / http://www.trappisteangola.org
4. Data: 4 a 11 de Março de 2007
5.Línguas do Curso : Inglês e Português
6. Orientador do Curso:
6.1. Nome e contacto:
Dr Hans-Martin Hirt (Anamed International)
Schafweide 77 - 71364 Winnenden [20 km NE Stuttgart / Baden-Württemberg / SE Germany]
www.worldagroforestrycentre.org/news/Default.asp?NewsID=%7B32C239E6-2CE6-4349-919F-E758CA15AB87%7D
7. Informações e Inscrições no Curso
Dr Hans-Martin Hirt (Anamed International)
Tel. +49 7195 910225 /
E-mail: anamedhmh@yahoo.de
Margarete Roth (Anamed Angola)
CP 5129, Luanda
E-mail: margarete@nexus.ao
(Informações fornecidas por António Melo - CCDR-N- Porto)
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- Investigar, junto da Associação recentemente formada em Luanda, sobre construção de terra (e cujas informações estão na nossa esteira, graças à Ana Clara) da possibilidade de encontrar apoios para as respostas técnicas aí mesmo, em Luanda.
- É muito importante, quando se trabalha numa perspectiva ecológica, ter muito clara a situação topológica onde o edifício se irá inserir. Esse local vai-nos fornecer as informações fundamentais, isto é, os materiais mais fáceis de encontrar e os que são mais apropriáveis em função do clima e da qualidade arquitectónica.
- O mesmo se passa em função das áreas previstas para a edificação, que tem muito a ver com os sistemas culturais dos utentes e também, naturalmente, com os preços e disponibilidade dos terrenos.
- Como modelo de referência de sistemas bioclimáticos posso indicar o Liceu de Caudry, em França, como uma experiência que tem merecido grande atenção na Europa. Mas é preciso levar em conta que o sistema de bioclimatização em África é diferente do da Europa. (ver: Liceu de Caudry - uma escola eco-sustentável
Jacinto Rodrigues; Jornal "a Página" , ano 11, nº 114, Julho 2002, p. 10. - http://www.apagina.pt ) - Vou pedir aos arquitectos Helvécio Cunha, que está em Luanda, Manuel Cerveira Pinto e Jorge Filipe do Porto, colaboradores do blog, que se disponham a cooperar com a Neide Augusto. Concretize as suas perguntas e envie-as para a esteira do ambiente.
Saudações colibris e bom trabalho!
Jacinto Rodrigues
domingo, 14 de janeiro de 2007
Os 10 Mandamentos da Água


Jacinto Rodrigues
Os 10 mandamentos da Água
1º Amarás a Água como o bem mais singular do nosso belo planeta azul.
2º Não esbanjarás a Água do planeta azul em vão.
3º Respeitarás os rios e o seu curso porque eles encerram tesouros de vida, beleza e harmonia que foram confiados à tua guarda.
4º Honrarás o pai oceano e a mãe fonte porque no seu seio foste gerado.
5ºNão sonegarás aos vindouros o direito a usufruir da Água já que sem ela não poderão sobreviver.
6º Protegerás a pureza da Água não só nas palavras como nos actos.
7º Não furtarás a Água do teu vizinho pois não és dono da grande casa do mundo.
8º Não inventarás falsas desculpas, nem te refugiarás na ignorância; o conhecimento do ciclo da Água está ao teu alcance e perpetuá-lo é o teu dever.
9º Não degradarás a Água enquanto ancestral fonte de prazer e inspiração nem enquanto promessa viva de novas riquezas.
10º Não privarás os seres aquáticos que nela vivem, agindo como patrão da natureza quando és apenas um elo na sua cadeia.
Fundação Nova Cultura da Água
Novembro de 2000
terça-feira, 2 de janeiro de 2007
Esteira plural
Embora não tenha a capaciade do entusiasmo militante do Jacinto Rodrigues, e até tenha algumas dúvidas metódicas sobre este tipo de iniciativa, o certo é que parece querer criar-se uma dinâmica que seria pena perder-se. A minha posição sobre a "esteira" é plural: Cabem acções militantes de "transformação do mundo", mas também iniciativas analíticas e reflexivas (que ajudem a perceber o rumo dessas iniciativas) e testemunhos de diversa ordem.
É difícil resistir ao entusiasmo do "nosso moderador" e pela minha parte estou disponível para contribuir que esta iniciativa se cruze com outras.
É claro que é necessário estruturar um pouco mais estes gestos voluntaristas e caso se justifique (depende da adesão) organizaremos um encontro para partir pedra...
Digam de vossa justiça e até lá ...
Impressões de Luanda 2
Tomo algumas destas notas ainda em Luanda, numa sexta-feira pastosa que invade a cidade e de um cheiro que quase nunca é bom, mas podemos imaginar como poderia ser florido e fresco, sobretudo à noite…
Noite, como muitas vezes falta a luz àquela hora. Arrancam os geradores num barulho que sufoca o ar. Quantos geradores estão trabalhar esta noite e a queimar não sei quantas toneladas de combustível? O que pensam os países viciados numa economia de guerra, alimentada pelo petróleo?
Impera o desperdício: da água que enche tanques e vaza, dos milhares de carros lavados todas as manhas, dos ares que nunca se desligam, das luzes que nunca se apagam.
Consta que ¾ população vive com 15/20 litros de água por dia, numa correria entre bidons amarelos e o processo 500. Para quantos pneus chegam
Claro que o mundo não é só injusto em Luanda, mas tudo se torna mais insuportável quando o confronto é a mais descarada opulência, mal formada, e a exibição atrevida da vacuidade num clima de orgia permanente. Mesmo que antes seja necessário atravessar o inferno pestilento da Samba até chegar ao “embarcadouro”.
Hoje finalmente faltou água em casa, os tanques esvaziaram sem que se soubesse que há dias faltava na cidade. Como se sabe em Luanda não fica bem ver a TPA e por enquanto as TVs brasileiras e a “SIC 10 horas” ainda não dão notícias sobre a falta de água em Luanda. É uma azáfama e uma fonte de receita para a casa da esquina que tem um poço.
Luanda surge como um imenso bairro de lata… intercalada por pequenos oásis e por um subúrbio novo, rico, fechado e árido que foge para sul. Choveu e as inundações sobressaem. Estradas que são lagos de chuva, lixo e esgotos.
Fervilha uma actividade construtiva e de serviços, de negócios e de oportunidades. Chineses, brasileiros, portugueses, indianos e claro angolanos antigos e recentes. Uma ponte, uma escola, duas fábricas e três estruturas metálicas. Ganha quem tem mais força? quem chega primeiro? quem conhece melhor os meandros da “gasosa”? Ganham, para já, todos... incluindo-se naturalmente os luandenses que podem, pelo menos, deslumbrar-se com os primeiros sobressaltos de uma sociedade de consumo e respirar um ambiente menos claustrofóbico.
A nova moda e ícone de sucesso é a segurança privada, a esturricar sentados em cadeiras de plástico e a fazer candonga com o estacionamento. Parece que a eficácia em termos de segurança é duvidosa. “Por vezes estão feitos com os bandidos ou são os primeiros a ser amarrados e a levar umas chapadas”
Em Luanda como se sabe há muitos “Jeeps” grandes, mas encontrei um que exibia um grande ícone revolucionário e vi rituais que engasgam o mais passivo dos seres. O nosso revolucionário, o do Jeep, atravessa em pontas o charco que envolve a viatura após a barrela matinal e num saltinho pesado atinge o assento, as pernas ficam bamboleantes à espera....que o “moço” que lava o carro lhe limpe as solas!
Felizmente Luanda não é só isto. Há o Minho do meu avô africano, lá onde se reinventa o Kwanza, ritmos que caiem sobre rios de liberdade…, a Barra do Dande e gente que ama e estuda o deserto.
segunda-feira, 1 de janeiro de 2007


Ainda temos o coração "dorido de saudades" por termos deixado esta cidade de Luanda e os nossos amigos Colibris!
Graças ao Álvaro Pereira, com quem estivemos no dia de Natal, obtivemos estas fotos que são uma pálida imagem do encontro fraterno que tivemos pouco antes da nossa viagem migratória de colibris viajantes à roda do mundo.
Voltamos a conversar sobre vários projectos que cogitamos aqui no Convento de S. Paio, em Vila Nova de Cerveira, onde estivemos reunidos a relembrar os colibris de Luanda.
Então, fizeram-se projectos, delinearam-se sonhos e imaginaram-se utopias realizáveis.
O Álvaro sugeria que passássemos de blog para um site com mais informação e visibilidade social.
Defendo a ideia de estruturarmos melhor o grupo para futuras intervenções. A minha preocupação essencial seria a de criarmos uma "mucanda" para que esta "esteira" que iniciámos se tornasse numa escola de vida, com agentes de ecodesenvolvimento que interviessem de forma pedagógica e social na construção de experiências exemplares.
Vou dar um exemplo:
Participar na formação de uma ecoaldeia, comunidade agro-ecológica sustentável e apoiada em tecnologias apropriáveis e energias renováveis.
Esta ecoaldeia poderá surgir como resultado de uma formação prática no interior de Angola com a população e para a população, integrado num projecto federativo interuniversitário, com iniciativas de múltiplos sujeitos implicados na mudança social (estado, poder local, igreja, ongs, sociedade civil, etc.).
Para discutir estes temas teremos que participar todos nesta nossa esteira. Só assim poderemos consolidar estratégia e encontrar a logística adaptada para a realização dos nossos sonhos.
Votos de um ano 2007 cheio de esperança colibri!