quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

ADAD - Associação para a Defesa do Ambiente e Desenvolvimento - Cabo Verde


Cabo Verde

ADAD
Exposição e Atelier sobre Energias Renováveis
Praia e Mindelo
Esta Associação tem vindo a promover várias iniciativas na defesa do ambiente e na promoção das energias renováveis.
Queríamos chamar a atenção para a exposição e atelier nas cidades da Praia e Mindelo que constitui uma iniciativa essencial na promoção e divulgação das energias renováveis e na defesa da qualidade do ambiente.
O dr. Januário Nascimento tem tido uma acção decisiva na realização destas acções exemplares, fazendo com que a ADAD se venha afirmando como uma associação com prestígio internacional na defesa do meio ambiente e na "esteira" dum desenvolvimento ecologicamente sustentado.

Revista Cabinda Universitária



A Revista Cabinda Universitária, do Centro Universitário de Cabinda, dirigida pelo Professor Doutor Kiamvu Tamo, constitui um marco importante na abordagem teórica e empírica das questões ecológicas em Angola.
Trata-se de um contributo decisivo para uma reflexão sobre as problemáticas da sustentabilidade.
Esperamos sinceramente que a continuação desta iniciativa venha a traduzir-se em futuras realizações que possam conduzir os destinos de Angola em direcção a um modelo de desenvolvimento ecologicamente sustentado.
Com efeito, são cada vez mais prementes as necessidades de superar as grandes crises ecológicas planetárias permitindo, ao mesmo tempo, uma maior justiça e bem-estar para as populações.
Queremos saudar também as "Jornadas do Ambiente", que tiveram a organização do Departamento de Ciências da Natureza do Pólo Universitário do Cuanza Sul, da Universidade Agostinho Neto e cujo texto do Professor Amílcar Evaristo aqui reproduzimos.
É com agrado que constatamos iniciativas com o objectivo de salvaguardar o planeta e promover a reflexão sobre questões relacionadas com o desenvolvimento ecologicamente sustentado.

Jornadas do Ambiente - Departamento de Ciências da Natureza do Pólo Universitário do Cuanza Sul - Professor Amílcar Inácio Evaristo - UAN

JORNADAS DO AMBIENTE

Nos dias que correm, as questões relacionadas com o ambiente tem preocupado não somente os ambientalistas e homens de ciência, mas também os políticos e todas as forças vivas do planeta.

O aquecimento global, é uma consequência directa da acção nociva do homem sobre a natureza e em função disso, milhares de espécies animais e vegetais correm o risco de extinção.

Em Africa e em Angola em particular, persiste o mau hábito de se fazerem queimadas, o que contribui para o empobrecimento dos solos, a destruição da biodiversidade e pondo em perigo o equilíbrio ecológico dos ecossistemas terrestres.

A indústria extractiva quando mal efectuada, é outro factor que acelera a destruição do meio ambiente provocando em alguns casos danos irreversíveis. Assim por exemplo, o derrame de crude nos mares e oceanos destrói não somente os recursos aliéticos e piscícolas, como também o fitoplanton que faz parte da cadeia alimentar nos ecossistemas marinhos. (podemos a título de exemplo mencionar alguns acidentes desta natureza que têm ocorrido em Cabinda.)
Este facto, vai por sua vez contribuir para o aumento da pobreza das populações litoraneas, cuja actividade económica principal é a pesca.

As assimetrias que se verificam no processo de distribuição do rendimento interno bruto, a ausência de politicas de desenvolvimento, associada as fracos incentivos para se trabalhar em zonas rurais e/ou remotas, faz dos grandes centros urbanos lugares cada vez mais atractivos para os cidadãos do campo, que encontram nestas, condições favoráveis para uma rápida realização material, propiciando-se assim, o êxodo massivo das populações do campo para as cidades, resultando daí uma grande pressão social

O superpovoamento das grandes cidades, e as condições precárias de habitabilidade associadas a um saneamento básico deficiente precipita o surgimento de uma série de doenças, que por sua vez vão contribuir para a redução da esperança e qualidade de vida.

O superpovoamento trás consigo consequências como:
- Degradação do saneamento básico.
- Desmatação das reservas florestais.
- Destruição dos polígonos florestais a volta das grandes cidades que têm servido como combustível lenhoso para a satisfação das necessidades energéticas nos momentos de crise (caso dos polígonos florestais do Sakahala- Huambo e dos Municípios e vilas ao longo do CFB).
- Diminuição da produção interna de alimentos e suas reservas.
- Desemprego
- Aumento da especulação e do crime organizado
-Aumento da pobreza.

Pode-se aferir então, que as questões ligadas ao ambiente, são passíveis de se transformar em grandes flagelos, pondo em causa não somente a existência de espécies animais ou vegetais dos ecossistemas terrestres, marinhos e fluviais, mas também, afectando o bem estar e progresso dos aglomerados populacionais humanos.

Em suma, prezados estudantes, caros docentes excelentíssimos convidados a boa ou má gestão do ambiente é hoje um verdadeiro indicador da pobreza ou do bem estar social e da qualidade de vida dos cidadãos.

Declaro assim abertas estas jornadas de reflexão sobre o estado do ambiente organizadas pelo Departamento de Ciências da Natureza do Pólo Universitário do Cuanza Sul.

Amílcar Inácio Evaristo
( Coordenador do PUKS)
= Prof. Auxiliar da U.A.N=
 
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