JORNADAS DO AMBIENTE
Nos dias que correm, as questões relacionadas com o ambiente tem preocupado não somente os ambientalistas e homens de ciência, mas também os políticos e todas as forças vivas do planeta.
O aquecimento global, é uma consequência directa da acção nociva do homem sobre a natureza e em função disso, milhares de espécies animais e vegetais correm o risco de extinção.
Em Africa e em Angola em particular, persiste o mau hábito de se fazerem queimadas, o que contribui para o empobrecimento dos solos, a destruição da biodiversidade e pondo em perigo o equilíbrio ecológico dos ecossistemas terrestres.
A indústria extractiva quando mal efectuada, é outro factor que acelera a destruição do meio ambiente provocando em alguns casos danos irreversíveis. Assim por exemplo, o derrame de crude nos mares e oceanos destrói não somente os recursos aliéticos e piscícolas, como também o fitoplanton que faz parte da cadeia alimentar nos ecossistemas marinhos. (podemos a título de exemplo mencionar alguns acidentes desta natureza que têm ocorrido em Cabinda.)
Este facto, vai por sua vez contribuir para o aumento da pobreza das populações litoraneas, cuja actividade económica principal é a pesca.
As assimetrias que se verificam no processo de distribuição do rendimento interno bruto, a ausência de politicas de desenvolvimento, associada as fracos incentivos para se trabalhar em zonas rurais e/ou remotas, faz dos grandes centros urbanos lugares cada vez mais atractivos para os cidadãos do campo, que encontram nestas, condições favoráveis para uma rápida realização material, propiciando-se assim, o êxodo massivo das populações do campo para as cidades, resultando daí uma grande pressão social
O superpovoamento das grandes cidades, e as condições precárias de habitabilidade associadas a um saneamento básico deficiente precipita o surgimento de uma série de doenças, que por sua vez vão contribuir para a redução da esperança e qualidade de vida.
O superpovoamento trás consigo consequências como:
- Degradação do saneamento básico.
- Desmatação das reservas florestais.
- Destruição dos polígonos florestais a volta das grandes cidades que têm servido como combustível lenhoso para a satisfação das necessidades energéticas nos momentos de crise (caso dos polígonos florestais do Sakahala- Huambo e dos Municípios e vilas ao longo do CFB).
- Diminuição da produção interna de alimentos e suas reservas.
- Desemprego
- Aumento da especulação e do crime organizado
-Aumento da pobreza.
Pode-se aferir então, que as questões ligadas ao ambiente, são passíveis de se transformar em grandes flagelos, pondo em causa não somente a existência de espécies animais ou vegetais dos ecossistemas terrestres, marinhos e fluviais, mas também, afectando o bem estar e progresso dos aglomerados populacionais humanos.
Em suma, prezados estudantes, caros docentes excelentíssimos convidados a boa ou má gestão do ambiente é hoje um verdadeiro indicador da pobreza ou do bem estar social e da qualidade de vida dos cidadãos.
Declaro assim abertas estas jornadas de reflexão sobre o estado do ambiente organizadas pelo Departamento de Ciências da Natureza do Pólo Universitário do Cuanza Sul.
Amílcar Inácio Evaristo
( Coordenador do PUKS)
= Prof. Auxiliar da U.A.N=