quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Jornadas do Ambiente - Departamento de Ciências da Natureza do Pólo Universitário do Cuanza Sul - Professor Amílcar Inácio Evaristo - UAN

JORNADAS DO AMBIENTE

Nos dias que correm, as questões relacionadas com o ambiente tem preocupado não somente os ambientalistas e homens de ciência, mas também os políticos e todas as forças vivas do planeta.

O aquecimento global, é uma consequência directa da acção nociva do homem sobre a natureza e em função disso, milhares de espécies animais e vegetais correm o risco de extinção.

Em Africa e em Angola em particular, persiste o mau hábito de se fazerem queimadas, o que contribui para o empobrecimento dos solos, a destruição da biodiversidade e pondo em perigo o equilíbrio ecológico dos ecossistemas terrestres.

A indústria extractiva quando mal efectuada, é outro factor que acelera a destruição do meio ambiente provocando em alguns casos danos irreversíveis. Assim por exemplo, o derrame de crude nos mares e oceanos destrói não somente os recursos aliéticos e piscícolas, como também o fitoplanton que faz parte da cadeia alimentar nos ecossistemas marinhos. (podemos a título de exemplo mencionar alguns acidentes desta natureza que têm ocorrido em Cabinda.)
Este facto, vai por sua vez contribuir para o aumento da pobreza das populações litoraneas, cuja actividade económica principal é a pesca.

As assimetrias que se verificam no processo de distribuição do rendimento interno bruto, a ausência de politicas de desenvolvimento, associada as fracos incentivos para se trabalhar em zonas rurais e/ou remotas, faz dos grandes centros urbanos lugares cada vez mais atractivos para os cidadãos do campo, que encontram nestas, condições favoráveis para uma rápida realização material, propiciando-se assim, o êxodo massivo das populações do campo para as cidades, resultando daí uma grande pressão social

O superpovoamento das grandes cidades, e as condições precárias de habitabilidade associadas a um saneamento básico deficiente precipita o surgimento de uma série de doenças, que por sua vez vão contribuir para a redução da esperança e qualidade de vida.

O superpovoamento trás consigo consequências como:
- Degradação do saneamento básico.
- Desmatação das reservas florestais.
- Destruição dos polígonos florestais a volta das grandes cidades que têm servido como combustível lenhoso para a satisfação das necessidades energéticas nos momentos de crise (caso dos polígonos florestais do Sakahala- Huambo e dos Municípios e vilas ao longo do CFB).
- Diminuição da produção interna de alimentos e suas reservas.
- Desemprego
- Aumento da especulação e do crime organizado
-Aumento da pobreza.

Pode-se aferir então, que as questões ligadas ao ambiente, são passíveis de se transformar em grandes flagelos, pondo em causa não somente a existência de espécies animais ou vegetais dos ecossistemas terrestres, marinhos e fluviais, mas também, afectando o bem estar e progresso dos aglomerados populacionais humanos.

Em suma, prezados estudantes, caros docentes excelentíssimos convidados a boa ou má gestão do ambiente é hoje um verdadeiro indicador da pobreza ou do bem estar social e da qualidade de vida dos cidadãos.

Declaro assim abertas estas jornadas de reflexão sobre o estado do ambiente organizadas pelo Departamento de Ciências da Natureza do Pólo Universitário do Cuanza Sul.

Amílcar Inácio Evaristo
( Coordenador do PUKS)
= Prof. Auxiliar da U.A.N=

1 comentário:

Almerindo coquelo disse...

As minhas cordeais saudações caro professor.
A problematica da gestão do ambiente em Angola é uma questão bastante debatida no seio dos orgãos competentes e na sociedade em geral, estamos a par das causas e consequencias da ma gestão ninguem aparece com um programa ou politicas sólidas para a resolução do problema, o slogam a muito adoptado para questão ambiental "agir local e pensar global" não passa da teoria para pratica, por isso devemos preocuparmo-nos mas em aplicar esses teorias em quanto não fomos assolados por catastrofes de dificil resolução.

 
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